USP decide usar o Enem em processo seletivo

Olá estudantes!

Olha só que boa notícia para todos que sonham em estudar na USP.

Das 42 unidades da Universidade de São Paulo, 28 aceitaram usar o Enem como alternativa à Fuvest em seu processo seletivo. A proposta inicial da reitoria é usar o exame para disputa de 15% das vagas em 2015. Essas seriam reservadas por meio do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, plataforma digital do Ministério da Educação que reúne vagas no ensino superior público. A adesão ao Sisu é feita por curso e não por instituição.

A definição de quantas vagas serão destinadas ao Enem em cada uma das graduações ainda será discutida internamente nas faculdades e nos conselhos superiores da USP.

Adesão

Com isso, a reitoria pretende elevar os índices de inclusão. Entre as unidades favoráveis estão Medicina, Direito, Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Nos campus do interior, a maioria também aprovou a ideia.

Já outras, como a Escola de Comunicação e Artes (ECA) e a Engenharia de São Carlos, resolveram não aderir. Também há os que não se manifestaram, caso da Poli e da USP Leste.

Segundo o pró-reitor de Graduação da USP, Antônio Carlos Hernandes, essa proporção de respostas positivas já indica que é certo o uso do exame na instituição.

Mais chances

A ideia da pró-reitoria é que as vagas pelo Enem sejam disputadas só por estudantes de rede pública. “O mesmo aluno vai ter duas oportunidades para entrar em um curso na USP: a própria Fuvest e o Sisu”, diz Hernandes. Até hoje, a universidade nunca adotou cotas, mas um sistema de bônus no vestibular.

A diferença entre os testes, segundo Hernandes, também ajuda os candidatos. “Na Fuvest, o foco no conteúdo é muito importante, pesado. E o Enem mede outras habilidades”, explica. “Você tem dois exames distintos, com datas distintas e pode concorrer nos dois.” O Sisu também facilita a mobilidade: candidatos de todo País podem concorrer à vaga pelo sistema.

Vagas

A pró-reitoria enviou uma proposta de número de vagas para cada faculdade. A proporção varia de acordo com o grau de inclusão social e a concorrência no vestibular. Na Medicina, por exemplo, seriam 25 das 175 cadeiras pelo Enem – 14,3% do total. A parcela de 15% das vagas disputadas pelo exame seria uma média para toda a USP.

As faculdades têm até o dia 12 de junho para responder à pró-reitoria sobre as sugestões. Depois, o tema será votado ainda em junho no Conselho de Graduação e no Conselho Universitário, órgão máximo da USP.

No último vestibular, a universidade ofereceu 11.057 vagas e teve 35,1% de matriculados vindos da rede pública. A meta é ter metade dos alunos de escola pública até 2018. A expectativa é de que as mudanças já entrem em vigor no próximo processo seletivo.

Vamos ficar de olho!